Escola de Niterói visita Casa de Cultura em Maricá e percorre parte do Caminho de Darwin

Fachada do prédio que já abrigou a cadeia municipal e a Prefeitura

Alunos de Niterói, em visita à Casa de Cultura

Alunos do Colégio Gaia em Piratininga , Niterói,  visitaram na última quarta-feira, 25/08, a Casa de Cultura (na Praça Orlando de Barros Pimentel, Centro), onde conheceram um pouco mais sobre fatos históricos da nossa cidade.

A visita ao prédio foi o destino final da excursão que começou no Engenho do Mato, seguindo pela Estrada do Vai e Vem, sítio Itaocaia Valley, Restinga e Vila de Pescadores no bairro de Zacarias.

O objetivo do passeio foi percorrer parte do caminho realizado pelo naturalista Charles Darwin, autor da tese sobre a seleção natural das espécies, quando este empreendeu uma expedição a Salvador, Rio de Janeiro e Amazônia em meados do século XIX a bordo do navio Beagle.

Cerca de 30 alunos do primeiro e segundo anos do Ensino Médio visitaram o museu, que abriga aproximadamente 900 peças (em exposição e separadas para restauração), doadas ou emprestadas. Ali, também podem ser apreciados quadros de artistas locais e objetos antigos; moedas de colecionadores, moenda de cana de açúcar, gramofone, telefones de época e uma estátua de Nossa Senhora da Penha, datada do século XVIII.

Os adolescentes conheceram também a história da Casa, que é um dos três pontos culturais tombados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) na cidade, juntamente com a Igreja Matriz Nossa Senhora do Amparo e a Fazenda Macedo Soares (Fazenda do Bananal).

O prédio onde hoje está instalada a Casa de Cultura, foi inaugurado em 1941 e funcionava como cadeia pública no primeiro andar, até 1974. Também abrigou a Prefeitura e a Câmara dos Vereadores, tornando-se, depois, Casa de Cultura e Museu Histórico.

        O dia parece ter sido bem aproveitado pelos jovens, que se mostraram interessados em conhecer o acervo do museu. Segundo o professor Marcos Lacerda, que também leciona no Colégio Estadual Elisiário Matta, o encanto se estende para a curiosidade por outras belezas da região, como o Silvado, que será o destino de visita em uma futura excursão. Marcos também ressalta a necessidade de mostrar aos alunos, na prática, os ecossistemas e tipos de vegetação estudados em sala de aula, como a Mata Atlântica e a restinga, no intuito de promover conscientização acerca dos cuidados necessários com o meio ambiente.  

Atendendo à expectativa do professor, a aluna Moana Astigarreta, 15 anos, — que destaca a passagem pelo Engenho do Mato como um dos melhores momentos do passeio, — aponta o impacto direto de iniciativas como essa no processo de aprendizado.

“A gente tem mais noção do que estuda aqui. Na sala, você só vê o professor falando”, conclui.

Segundo o professor de biologia Fábio Cecchetti, além do aprendizado, a visita em grupo a diferentes centros históricos agrega outros valores: “O primeiro impacto é a integração entre os alunos em torno de algo positivo e a integração com os professores. Além disso, tem a valorização das coisas próximas a gente, da natureza e aspectos da cultura”, explica, acrescentando a relevância da realização de um passeio cujo objetivo é repetir o caminho percorrido por um estudioso da importância de Darwin.