sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Operação termina com três centrais clandestinas de TV e internet fechadas


Vamos pensar juntos: esta central clandestina só existia, porque 9.000 clientes estavam pagando pelo serviço.


Costumamos ser muito enfáticos e jogar pedras em consumidores de drogas, por alimentarem o tráfico; eleitores que vendem o voto, por alimentarem a corrupção, mas, neste tipo de caso, parece imperar a velha "Lei de Gerson"; mas, levar vantagem, também não é crime?
Não estou acusando ninguém, apenas apelando às consciências e levantando uma discussão que deve ser muito séria: valores morais e de caráter ficam onde, quando alguém resolve "comprar" um serviço ilegal, para ter TV à cabo em sua casa? 
Não dá pra ser cidadão de um jeito e receptador ilegal de outro.
Maricá tem aparecido na mídia e isto deveria ser ponto de honra para nós, mas, infelizmente, só aparece por causa das trajédias, do descaso e das ilegalidades.
Entendo que a modernidade custa a chegar até aqui, mas, quem alimenta forças ilegais, está fomentando um futuro péssimo para nossa região.
Sabemos da existência de milicianos e também sabemos o quanto são perniciosos à sociedade e isto começa assim; com uma ilegalidade disfarçada de conforto.
Quando a polícia chega, não pune apenas os donos da central clandestina; todos os usuários são co-participantes do crime, por serem receptadores. Gente de bem, famílias boas, que se deixam dobrar diante de uma oferta tentadora.
Precisamos pensar no quanto nossa cidade já está prejudicada por ações ilegais, até mesmo da Prefeitura e pensar no tipo de herança que deixamos para nossos filhos, quando ensinamos, mesmo sem palavras, que uma pequena ilegalidade não é problema; um CD pirata não tem nada demais... Pequenos delitos são a porta de entrada para os grandes.
Muitas famílias se vêem dilaceradas pelas drogas e pelo álcool que entra e rouba a vida de filhos, netos, pais de família. Sabem onde isto começa? No DVD pirata que se compra na rua; um crime à céu aberto, que todo mundo finge ser legal, ou pelo menos, finge que não vê.

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